Um novo amor chamado Bottom-Up

8:00 da manhã e 6 graus de temperatura. Uma das minhas formas favoritas de começar o dia é tomar mate e vestir alguma peça de lã, de preferência, feita por mim. Hoje escolhi o Äsne, um design da Jojô Tricô, que tricotei durante uma master class da Casa da Vivi.

O Äsne (Osna) é um suéter bottom-up, circular e sem costuras. Bottom-up? Sim! Diferente da técnica top-down onde começamos a peça pela gola e tricotamos em direção à barra, na técnica bottom-up começamos pela barra, subimos até a altura da pala, onde juntamos as mangas ao corpo, e seguimos até finalizar a gola. As mangas podem ser feitas antes do corpo e  também são feitas de baixo para cima, começando pelos punhos a subindo até a altura desejada. A junção das mangas ao corpo é muito tranquila e se faz, literalmente, tricotando. A Pala da Äsne é toda trabalhada e as diminuições são distribuídos entre as carreiras. Eu optei por fazer uma gola dupla, já que a minha blusa foi pensada para ser usada no inverno aqui do Rio Grande do Sul.

Depois de 3 blusas top-down consecutivas, com fios finos (inclusive já falei sobre duas delas aqui, a Montevideo e a Blusa do Tj da Pris), chegou a vez das bottom-up e por coincidência, com o mesmo fio, um pouco mais grosso: Merino Worsted SW da Fios da Fazenda.

Antes da Äsne eu fiz a blusa Renata. Depois da Äsne, já comecei o colete Willa. Além da técnica e do fio, essas três peças têm em comum  a designer Paula Leme, que está por trás da Jojô Tricô, uma brasileira super talentosa que vive no Estados Unidos. As receitas da Paula são super fáceis de entender e algumas têm links com vídeos de apoio para algumas técnicas.

Para mim, o método bottom up não é melhor nem pior do que o top down. É apenas outra forma de tecer uma peça. No tricô não existe certo e errado, apenas maneiras diferentes para fazer a mesma coisa, com resultado final semelhante. Ou não!

Posso dizer que adorei a experiência. E que venham muitas blusas e casacos bottom-up, porque minhas agulhas estão prontas! 😃🥰